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    Tilda Swinton: Conheça a atriz e seus melhores trabalhos

    Tilda Swinton nasceu em 5 de novembro de 1960, em Londres na Inglaterra. Seu pai, Major-General John Swinton, foi lorde-tenente de Berwickshire entre 1989 a 2000, é escocês, e sua mãe, Judith Balfour, era australiana. Seu bisavô paterno George Swinton era um político escocês e oficial de armas. A família Swinton é uma antiga família anglo-escocesa de linhagem da alta Idade Média, e seu tataravô materno era o botânico escocês John Hutton Balfour.

    Swinton frequentou três escolas independentes, a Queen’s Gate School, em Londres, a West Heath Girls’ School (na mesma classe de Diana, Princesa de Gales), e também em Fettes College, por um breve período. Em 1983, formou-se em New Hall, agora conhecido como Murray Edwards College, na Universidade de Cambridge com uma licenciatura em Ciências Sociais e Políticas. Enquanto na Universidade de Cambridge, entrou para o Partido Comunista da Grã-Bretanha.

    INÍCIO DE CARREIRA

    O trabalho de Tilda Swinton no cinema começou com vários papéis em filmes do diretor Derek Jarman, ela atuou no filme War Requiem (1989). Swinton também interpretou o papel título em Orlando: A Mulher Imortal (1992), de Sally Potter em uma versão cinematográfica do romance de Virginia Woolf. Swinton sempre buscou explorar questões de gênero na tela que refletiam seu interesse pela androginia.

    Os melhores trabalhos de Tilda Swinton

    Orlando: A Mulher Imortal (1992)

    Neste filme, baseado na obra de Virginia Woolf, Tilda Swinton interpreta a figura andrógina de Orlando, que vive durante quatrocentos anos, entre 1600, durante o reinado de Elizabeth I até ao século XX. Pelo seu desempenho, a atriz venceu o prêmio de Melhor Atriz (estrangeira) nos prêmios do cinema italiano, e nos festivais de Seattle e Salónica.

    Amantes Eternos (2003)

    O cotidiano calmo e tranquilo de um casal de vampiros é destrinchado pela trama, expondo os caminhos exacerbados que eles consumam com o aparato social. Pertencente ao cinema do ótimo Jim Jarmusch, o filme Amantes Eternos se insere mais no gênero de drama para contar sua história, aproveitando-se de uma atmosfera fria e sempre bastante cadenciada. Uma obra interessante para quem procura um olhar mais particular sobre o subgênero vampiro na sétima arte.

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    As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa (2005)

    Lúcia (Georgie Henley), Susana (Anna Popplewell), Edmundo (Skandar Keynes) e Pedro (William Moseley) são quatro irmãos que vivem na Inglaterra, em plena Segunda Guerra Mundial. Eles vivem na propriedade rural de um professor misterioso, onde costumam brincar de esconde-esconde. Em uma de suas brincadeiras eles descobrem um guarda-roupa mágico, que leva quem o atravessa ao mundo mágico de Nárnia.

    Tilda Swinton oferece uma representação impressionante no papel da implacável e calculista Bruxa Branca, a grande vilã. Uma das suas rarissimas incursões numa saga.

    Flores Partidas (2005)

    O resolutamente solteiro Don Johnston (Bill Murray) acaba de ser dispensado por sua mais recente amante, Sherry (Julie Delpy). Don mais uma vez se resigna a ficar sozinho e deixado por conta própria. Em vez disso, ele é obrigado a refletir sobre seu passado quando recebe por correio uma misteriosa carta rosa. É de uma ex-amante anônima e informa que ele tem um filho de 19 anos que agora pode estar procurando por seu pai. Don decide então partir pelos Estados Unidos em busca do filho desconhecido.

    O filme trabalha com a importância do presente na vida do ser humano, se valendo de uma direção assertiva e uma atuação irretocável de Tilda.

    Impulsividade (2005)

    O filme é baseado no romance homônimo de 1999 de Water Kirn e acompanha Justin Cobb (Lou Taylor Pucci), o qual seria um adolescente comum se não fosse o fato de que nunca conseguiu parar de chupar o dedo. Aos 17 anos, após ter tentado de tudo para se livrar do vício, ele finalmente resolve o problema através da hipnose feita pelo seu dentista Perry Lyman (Keanu Reeves), que tem ambições a psicólogo. O verdadeiro problema, porém, está apenas começando. Justin continua compensando suas frustrações pela boca, consumindo todo e qualquer tipo de droga, de maconha a remédios antidepressivos. Filho de pais que nunca saíram da adolescência, ele vai ter de aprender a crescer sozinho, nem que seja à força.

    Precisamos Falar Sobre o Kevin (2011)

    Eva (Tilda Swinton) mora sozinha e tenta recomeçar a vida com um novo emprego, mas vive temorosa, evitando as pessoas. O motivo desta situação vem de seu passado, da época em que era casada com Franklin (John C. Reilly), com quem teve dois filhos: Kevin (Jasper Newell/Ezra Miller) e Celia (Ashley Gerasimovich). Seu relacionamento com o primogênito, Kevin, sempre foi complicado, desde quando ele era bebê. Com o tempo a situação foi se agravando mas, mesmo conhecendo o filho muito bem, Eva jamais imaginaria do que ele seria capaz de fazer.

    As atuações são perfeitas para a proposta do roteiro. Em muitas cenas, apenas o olhar já diz mais do que as palavras. A direção está bem encaixada, sabendo trabalhar bem a montagem com a fotografia.

    Monrise Kingdom (2012)

    Situado em uma ilha na costa da Nova Inglaterra, no verão de 1965, Moonrise Kingdom conta a história de duas crianças, Sam (Jared Gilman) e Suzy (Kara Hayward) de 12 anos que se apaixonam, fazem um pacto secreto e fogem juntas para o deserto. Enquanto várias autoridades tentam caçá-los, uma violenta tempestade está se formando no exterior – e a pacífica comunidade da ilha é virada de cabeça para baixo em todos os sentidos.

    Da direção de arte à trilha sonora, passando pelos figurinos e pela própria escolha dos atores, os trabalhos de Wes Anderson se remetem a um autor que dialoga com a cultura norte-americana de maneira intensa, a questionando e criticando.

    Expresso do Amanhã (2013)

    No filme dirigido por Bong Joon-ho (Parasita), quando um experimento para impedir o aquecimento global falha, uma nova era do gelo toma conta do planeta Terra. Os únicos sobreviventes estão a bordo de uma imensa máquina chamada Snowpiercer. Lá, os mais pobres vivem em condições terríveis, enquanto a classe rica é repleta de pessoas que se comportam como reis. Até o dia em que um dos miseráveis resolve mudar o status quo, descobrindo todos os segredos deste intrincado maquinário.

    Tilda nos mostra mais uma vez o poder da sua versatilidade e uma atuação impecável.

    A obra também recebeu uma adaptação para a Netflix em formato de série.

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    Okja (2017)

    Lucy Mirando (Tilda Swinton), a CEO de uma poderosa empresa, apresenta ao mundo que uma nova espécie animal foi descoberta no Chile. Apelidada de “super porco”, ela é cuidada em laboratório e tem 26 animais enviados para países distintos, de forma que cada fazenda que o receba possa apresentá-lo à sua própria cultura local.

    A ideia é que os animais permaneçam espalhados ao redor do planeta por 10 anos, sendo que após este período participarão de um concurso que escolherá o melhor super porco. Uma década depois, a jovem Mija (An Seo Hyun) convive desde a infância com Okja, a super porco fêmea criada pelo avô. Prestes a perdê-la devido à proximidade do concurso, Mija decide lutar para ficar ao lado dela, custe o que custar.

    Sua trama também segue a boa construção da parte estética, entregando ao espectador uma história envolvente e permeada por nuances.

    Memória (2021)

    CRÍTICA - Memória (2021, Apichatpong Weerasethakul)

    Em visita à irmã, na Colômbia, Jessica Holland (Tilda Swinton), passa a ouvir um misterioso som. Algo como um estrondo. A partir de então, não consegue mais dormir. Ela ouve, nós ouvimos. Jessica procura um técnico de som para que ele tente, através de descrições aproximadas (e muito subjetivas), reproduzir esse ruído que apenas ela (e nós) conseguimos ouvir.

    O talento de Tilda Swinton em envolver o espectador, bem como a estrutura da história, geram um desejo por respostas que é frustrado pela absoluta resistência do roteiro, assinado pelo cineasta, em oferecê-las. 

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    CRÍTICA – Lou (2022, Anna Foerster)

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    Lou é um novo filme de ação e suspense da Netflix com direção de Anna Foerster e com roteiro de Maggie Cohn. No elenco estão Allison Janney, Jurnee Smollett e Logan Marshall-Green.

    SINOPSE

    Uma enorme tempestade se alastra. Uma jovem é sequestrada. Sua mãe, sem outra opção, se une à misteriosa mulher mais velha ao lado para perseguir o sequestrador em uma jornada que testará seus limites e irá expor segredos sombrios e chocantes de seu passado.

    ANÁLISE

    O nome de Allison Janney chama atenção para qualquer produção, por isso mesmo, é possivelmente a melhor coisa em Lou. Sua personagem que leva o nome do longa consegue ser cativante com jeito bronco. Dessa forma, o suspense da Netflix até apresenta uma trama intrínseca e individualista que funciona muito bem até sua metade, porém se perde em reviravoltas vazias. 

    Mas não é só Janney que chama para o longa, Jurnee Smollett vem construindo uma carreira interessante e faz em Lou uma mãe desesperada com o sumiço da filha. Ela encontra na vizinha a ajuda, no meio de um temporal torrencial, ambas saem em busca da menina que foi levado pelo pai interpretado por Logan Marshall-Green. 

    Ainda que, Smollett e Marshall-Green sejam ótimos profissionais, o roteiro dá poucos recursos para eles trabalharem. Não há muito tempo para a construção dos personagens que precisam se escorar em Lou para fazerem sentido. Ainda que o filme se trate da personagem de Janney, é frustrante que tudo se resume a ela. 

    Da mesma forma, o longa que se apresenta como um filme de sobrevivência falha em construir o senso de urgência. Ainda que o filme comece com boas cenas de ação e maus bocados na chuva, a ideia é logo abandonada quando a plot twist sem sal começa a ser revelado. Com isso, o filme ganharia mais se focasse na jornada de Lou (Allison Janney) e Hannah (Jurnee Smollett) criando uma verdadeira relação entre as duas. 

    VEREDITO

    Lou traz Allison Janney em um papel individualista e bastante interessante, contudo, não cresce além disso. O que resta é uma trama mal desenvolvida sem nenhum impacto.

    Nossa nota

    2,5 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    Lou está disponível na Netflix.

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    Conheça Craig Hollis, o Sr. Imortal

    Craig Hollis, mais conhecido como Sr. Imortal (Mr. Immortal), é um personagem inusitado da Marvel Comics criado por John Byrne, que teve sua primeira aparição na HQ Os Vingadores da Costa Oeste #46, publicada em julho de 1989.

    O personagem é o primeiro e único membro conhecido de uma espécie chamada Homo Supremo, além de ser o fundador da excêntrica equipe de super-heróis conhecida como os Vingadores dos Grandes Lagos, sendo o líder da equipe até que a equipe se mudou para Detroit.

    ORIGEM

    No ato de seu nascimento, Craig foi visitado por uma entidade chamada Deathurge, que atuava quase como o Ceifador do imaginário popular, sendo responsável por levar as almas das pessoas para o além-vida. É durante o parto que a entidade aparece para a mãe de Craig na intenção de ceifar a vida dela, em um último esforço, ela faz com que a criatura proteja seu filho, que aceita de bom grado o pedido.

    Conforme Craig Hollis foi crescendo, ele notou que uma entidade o perseguia, porém ele e outras pessoas pensavam que essa entidade era apenas um amigo imaginário, entretanto Deathurge passa a testar a resiliência do garoto ao incentivá-lo a fazer coisas cada vez mais arriscadas. É numa dessas situações que ele põe fogo em sua própria casa, o que acaba matando o seu pai.

    Agora órfão, Craig é adotado por uma família abusiva. Após um longo período de maus-tratos e perder seu amor de infância, o jovem Craig Hollis comete suicídio ao se jogar de um prédio e descobre da forma mais inusitada e dolorosa que é imortal.

    Ao tornar-se um combatente do crime, adotou o nome de Sr. Imortal e sua famosa frase é:

    Tudo o que você está me ameaçando é a morte e morrer é o que eu faço melhor!

    PODERES E HABILIDADES

    O Sr. Imortal é um mutante com o poder da imortalidade, que permite que seu corpo se regenere de qualquer lesão, incluindo aquelas que matariam humanos comuns. Embora ferimentos suficientemente traumáticos pareçam matá-lo pelo menos inicialmente, seu poder regenerativo faz com que ele retorne à vida rapidamente. 

    Essa cura rápida se manifesta apenas em resposta a lesões nominalmente fatais: quando não fatalmente ferido, ele cura em uma taxa humana normal, embora tais lesões tendem a curar rapidamente na próxima vez que ele morrer. Essa habilidade parece ser inconsciente, já que ele tentou cometer suicídio em várias ocasiões, apenas para sair ileso depois. 

    Ele já se recuperou de ser baleado, sufocado, esfaqueado, afogado, esmagado, faminto, desidratado, explodido, envenenado, decapitado, irradiado e incinerado. Apesar de tudo, muitas vezes, no momento de renascimento ele fica extremamente enfurecido, devido à dor da morte e além de ser imortal, seu corpo não envelhece.

    EQUIPES

    Na iniciativa de utilizar os seus poderes para o bem, Craig se aventura na vida de herói e passa a ser chamado de Sr. Imortal porém em seu primeiro ato heroico ele é morto ao tentar impedir um assalto a banco.

    Para que seus planos de ser um super-herói dessem certo, ele teve a ideia de formar uma equipe e sua forma de recrutar outros heróis foi publicar um anúncio no jornal, reunindo figuras obscuras, montou os Vingadores dos Grandes Lagos. Ao lado de personagens como Chapa, Dinah Soar, Porta, Grande Berta e do Gavião Arqueiro e Harpia, passou a atuar nessa subdivisão dos Heróis Mais Poderosos da Terra, responsável pelo interior dos Estados Unidos.

    CURIOSIDADES 

    Mais tarde Craig se desentende com Deathurge e descobre a verdade sobre tudo: como Homo supreme, seu destino é viver até o fim dos tempos para descobrir o segredo que se esconde no final da existência. Assim, todas as perdas que ele passou ao longo dos anos serviram apenas para prepará-lo para esse grande momento.

    OUTRAS MÍDIAS

    O Sr. Imortal faz parte do desenho animado Novos Guerreiros onde é dublado pelo ator e modelo Derek Theler.

    O personagem ganhou sua primeira versão live action no Universo Cinematográfico Marvel ao aparecer na série Mulher-Hulk: Defensora de Heróis, no episódio 6, sendo interpretado pelo ator David Pasquesi.


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    CRÍTICA – Dahmer: Um Canibal Americano (Minissérie, 2022, Netflix)

    Monstros estão por todo o lugar na ficção, sejam dragões, orcs, trolls ou até mesmo os grandes vilões humanos que conhecemos; mas existem monstros na realidade, pessoas que praticam o mal em sua essência e, seja por quaisquer motivos, eles são tão assustadores quanto na ficção e um deles é Jeff Dahmer.

    Criada por Ryan Murphy e Ian Brennan, a minissérie Dahmer: Um Canibal Americano com dez episódios foi produzida para o serviço de streaming Netflix é estrelada por Evan Peters no papel do personagem central de uma história brutal dos assassinatos cometidos por Jeff Dahmer.

    Além de Evan Peters, o elenco conta também com Niecy Nash, Richard Jenkins, Penelope Ann Miller, Shaun J. Brown e Colin Ford.

    SINOPSE

    Do vencedor do Emmy e criador de American Crime Story, a minissérie analisa os crimes terríveis cometidos por Jeffrey Dahmer (Evan Peters) e os problemas sistêmicos que permitiram que um dos maiores serial killers dos Estados Unidos continuasse agindo com total impunidade ao longo de mais de uma década.

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    ANÁLISE

    CRÍTICA - Dahmer: Um Canibal Americano (Minissérie, 2022, Netflix)

    Se tratando de aspectos técnicos a série é impecável, principalmente pela sua preocupação em adaptar da forma mais verossímil possível todos os eventos da história, não se atendo a um único ponto de vista. Assim, não vemos uma versão que busca humanizar a figura central da história brilhantemente interpretada por Peters, mas vemos o viés mais cruel destes acontecimentos.

    Um mérito que acho importantíssimo para a produção está relacionado a não se apegar aos detalhes violentos dos crimes, procurando respeitar da melhor forma possível a memória das vítimas e enfatizando outros aspectos relevantes como a pessoa por trás desta violência e, apesar de tamanha conservação, a série não deixa de trazer o incomodo e desprezo em relação aos atos de Dahmer.

    A minissérie procura mostrar em diversos aspectos a formação da subjetividade de Dahmer, toda a sua problemática história de vida e a jornada de mortes cruéis que o apelidaram de o Canibal Americano.

    Na produção é mostrado como Dahmer adquiriu o seu fascínio pela morte, seguindo alguns critérios que a senso comum são fáceis de se identificar, como: o prazer em abrir corpos de animais mortos, sempre chamando a atenção para o seu encanto pelo coração até que finalmente se permite repetir o ato em outro ser humano.

    Em um aspecto mais científico, apesar de não termos o conhecimento da história de vida do assassino em sua totalidade, podemos refletir que Dahmer é um sádico, o que a termos mais simples dentro da psicanalise freudiana é definido como a satisfação em infligir a dor no outro em prol de seu prazer. Característica comum na ficção e que lembra os Cenobitas de Hellraiser.

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    Isto pode ser exemplificado nos métodos cruéis que praticou em suas vítimas, procurando sempre estabelecer domínio ou algum tipo de controle que por sua vez parece estar simbolizado a sua relação com os genitores que estabelecem com um pai altamente controlador em contrapartida do abandono da mãe na adolescência.

    Porém, o que pode definir Dahmer como psicopata é a falha ou ausência do superego, aspecto da personalidade que censura os impulsos do id que tentam se manifestar no ego e pode ser detectado pelo sentimento de culpa ou angústia relacionado a um pensamento que venha id e chegue ao ego.

    Esta falha fica evidente vermos que Dahmer claramente não se mostra arrependido por nenhum de seus atos, mesmo dizendo que sempre lutou contra estes impulsos ou sobre uma angústia a respeito dos pensamentos.

    A minissérie não se apegar apenas ao ponto de vista do assassino, se tornando um acerto tanto em não humanizar Dahmer, ao dar luz para as vítimas que se foram tão prematuramente e mostrando que não são apenas o que a mídia mostrou na época, mas que eram também pessoas jovens, com sonhos, problemas e tiveram a infelicidade de cruzar com alguém de tamanha má intenção.

    CRÍTICA - Dahmer: Um Canibal Americano (Minissérie, 2022, Netflix)

    Ao longo dos episódios sempre temos algum tipo de contato com as famílias das vítimas e a trajetória de sofrimento que houve até a descoberta do terrível desfecho. Estas famílias sofrem com um processo de luto mais intenso, pois os nomes das pessoas queridas que se foram estão sempre em evidência e sendo relembradas de momento tão doloroso.

    No mesmo espectro da exposição das vítimas, a mídia em torno do causador é um processo doloroso o que pode ser exemplificado em uma das declarações de um dos familiares no julgamento e tamanho sofrimento se repete ao surgir novamente uma produção a respeito do caso, sendo totalmente compreensível a insatisfação das famílias a respeito da minissérie.

    Além de abordar a história nos aspectos de acontecimentos dos pontos de vista do assassino, vítimas e suas famílias, também é feito um contexto a respeito do ambiente social que favoreceu Dahmer ao longo dos seus anos de violência e crueldade contra pessoas negras, LGBTQIA+, latinos e orientais desnudando uma tão conhecida face racista, homofóbica e xenofóbica da sociedade e como seus mecanismos funcionavam para perpetuar estas mortes.

    Após a experiência desta minissérie gostaria de deixar o seguinte questionamento para o nosso leitor ou espectador que ainda tem dúvidas sobre os contextos acima:

    Você ainda acredita que racismo e tantos outros preconceitos nunca existiram na sociedade?

    VEREDITO

    Dahmer: Um Canibal Americano é uma minissérie que incomoda em todos os seus episódios pelo seu grande êxito em apresentar os fatos de diversos ângulos; os roteirizando de forma clara, respeitosa com aqueles que se foram e sem deixar em nenhum momento de mostrar a verdadeira face terrível em torno dos atos terríveis realizados pelo serial killer.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    Dahmer: Um Canibal Americano está disponível na Netflix.

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    Pokémon TCG: As 10 artes de cartas mais bonitas

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    Pokémon TCG sempre foi um elemento colecionável que me encantou, desde a minha infância. Quando a coleção chegou ao Brasil alguns anos depois de ser lançado fora do país, trouxe em grande parte os monstrinhos de bolso e suas ilustrações originais em fundos chapados, ou com pequenos efeitos ao fundo. Conforme os anos se passaram, grandes ilustradores como Naoki Saito, Sowsow e até mesmo o lendário Mitsuhiro Arita foram convidados para ilustrar os cards.

    Trago aqui uma lista com as mais belas ilustrações de Pokémon TCG. Caso tenham alguma sugestão de carta que tenha ficado de fora da nossa lista, entre em contato por meio das nossas redes sociais e nos contem quais cartas poderiam se encaixar nessa lista.

    Machamp V – Astros Radiantes (172/189)

    Pokémon TCG

    As cartas que mais se destacaram ao longo da coleção Astros Radiantes, foram as cartas da Galeria de Treinadores. A Galeria de Treinadores contavam com brilhantes ilustrações de cartas inteiras. Ainda que não seja uma carta da galeria de treinadores, o Machamp V conta com uma arte brilhante do Machamp carregando compras por um mercado de rua.

    O Machamp V pode ser encontrado por R$ 220,00.

    Pikachu – Gerações (RC29/83)

    Pokémon TCG

    A primeira carta lançada do Pikachu mostrava o personagem que se tornou a cara da franquia em seu primeiro design, mais rechonchudo, quase parecido com uma bolinha. A coleção Gerações nos mostra uma de suas cartas mais fofinhas com 4 Pikachu.

    Ainda que a carta esteja marcada com o símbolo de raro no canto direito, a carta é fácil de ser encontrada e pode ser encontrada por mais ou menos R$ 40,00 no mercado.

    Flareon V – Promos Espada e Escudo (SWSH179/71)

    Pokémon TCG

    Quase todas as eevoluções contam com ilustrações lindas. Mas algumas das mais recentes cartas de eevoluções, a do Flareon V é uma das mais bonitas. Essa carta com uma ilustrações de carta inteira e mostra Flareon acendendo uma lareira para se manter aquecido.

    Alguns colecionadores de Pokémon TCG tem entre algumas de suas paixões, colecionar eevoluções.

    Mew V – Golpe Fusão (251/264)

    Pokémon TCG

    Algumas das mais belas cartas da coleção Golpe Fusão, são repletas de artes de reuniões de Pokémon. A ilustração do Mew V o mostra rodeado de inúmeros Pokémon, incluindo o Smeargle, um Toxel, um Toxtricity e um Dreepy na cabeça do Mew. A ilustração é de carta inteira e pode ser encontrada na Liga Pokémon por R$ 210,00.

    Dragonite – Legends Awakened (2/146)

    Dragonite é um dos Pokémon que menos tiveram destaque nas animações. Tendo grande participações nos filmes animados, o pokémon Dragão sempre estrelou diversas cartas de Pokémon TCG.

    As cartas em que o Pokémon costumava estrelar, costumavam dar destaque a ele, colocando ao seu redor, geralmente, um destaque minimalista, e o faz se destacar quando colocado em relação à carta si. Essa carta acaba por não ter nada muito especial em sua versão original, mas o destaque vai para os detalhes colocados na arte por Mitsuhiro Arita, que pode ser tanto holográfica, quanto normal. O Dragonite pode ser encontrado na Liga Pokémon por R$ 99,99.

    Lilligant de Hisui-V – Estrelas Radiantes (163/189)

    A coleção Estrelas Radiantes contou com diversas cartas de Pokémon com suas versões de Hisui. E uma das mais bonitas foi a do Lilligant de Hisui. Em Pokémon Legends: Arceus, tivemos contato com diversos Pokémon já conhecidos de Kanto e Unova, mas agora, com suas novas versões e até mesmo “evoluções”.

    Na carta, podemos ver a Lilligant de Hisui dançando em um lago congelado. A carta pode ser comprada na Liga Pokémon por R$ 124,90.

    Reshiram – Tesouros Lendários (RC22/113)

    Pokémon TCG

    Algumas artes de carta inteira costumam não ser nada demais, se comparadas com suas cartas normais. Mas uma coisa incrível, é que a carta do Reshiram com arte na carta inteira é algo de tirar o fôlego. Ver o Pokémon rodeado de pétalas de cerejeira tornam a natureza pacífica do Pokémon ainda mais evidente.

    A carta pode ser encontrada na Liga Pokémon por R$ 70,00.

    Garchomp-V – Estrelas Radiantes – Galeria de Treinadores (TG23/TG30)

    Como citado anteriormente, as cartas da Galeria de Treinadores costumam ser algumas das mais procuradas da coleção Estrelas Radiantes. Sem falar no fato dessa carta conter niguém mais, ninguém menos que Cynthia, a Campeã de Sinnoh. A carta é brilhante e mostra Cynthia sentada junto de seu Garchomp sentada debaixo de um céu estrelado.

    A carta pode ser encontrada na Liga Pokémon por R$ 148,90.

    Moltres de Galar – Reinado Arrepiante (177/198)

    Pokémon TCG

    Muito diferente das cartas da Galeria de Treinadores, o Moltres de Galar é também uma carta com arte completa. Ela conta com uma das três aves lendárias em sua versão de Galar em toda sua glória, alinhada ao meio da carta.

    As cores do Moltres de Galar dão à carta um visual único, que nos remete à artes japonesas tradicionais, como arte de samurais e as obras de Hokusai, como Fuji vermelho, Sarumaru Dayu e outras.

    A carta hoje pode ser comprada na Liga Pokémon por R$ 848,90.

    Keldeo-EX – Fronteiras Cruzadas (142/149)

    Pokémon TCG

    O adorável unicórnio da Geração V conta com incríveis cartas, e uma delas, é a carta EX, com uma ilustração de carta inteira holográfica. A carta tem uma linda ilustração com uma margem dourada ao redor de Keldeo com um fundo cercado por água.

    A carta pode ser encontrada na Liga Pokémon por R$ 135,00.


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    CRÍTICA – Abracadabra 2 (2022, Anne Fletcher)

    Após 29 anos, a aguardada sequência do clássico cult Abracadabra finalmente será lançada no Disney+, no dia 30 de setembro. Com o retorno do elenco clássico e do produtor David Kirschner, Abracadabra 2 se propõe a apresentar uma nova história envolvendo as famosas irmãs Sanderson da cidade de Salem.

    Confira abaixo nossa crítica sem spoilers do novo filme.

    SINOPSE DE ABRACADABRA 2

    Três jovens acidentalmente trazem as irmãs Sanderson de volta à Salem moderna e devem descobrir como impedir que as bruxas famintas por crianças causem estragos no mundo.

    ANÁLISE

    Lançado em 1993, Abracadabra se tornou um clássico ao longo das décadas. No Brasil, o filme era constantemente reprisado na Sessão da Tarde, o que criou uma legião de fãs das três bruxas mais engraçadas de Salem (fãs nos quais me incluo).

    Durante a minha infância, eu assistia religiosamente ao VHS com a primeira versão do filme. Tantas foram as vezes que eu revivi as aventuras das Sanderson que cheguei ao ponto de saber todos os diálogos, criando uma tradição em família ao repeti-los (por nenhuma razão específica), com a minha irmã. A confirmação de uma sequência após tantos anos veio como uma mensagem positiva, mas também um temor do que poderia ser feito em um novo filme da franquia.

    Em 1693, Winnie (Bette Midler), Sarah (Sarah Jessica Parker) e Mary (Kathy Najimy) foram enforcadas pelos habitantes de Salem após tirarem a vida de Emily Binx (Amanda Shepherd) e, até onde se sabia, de Thackery (Sean Murray), seu irmão. 300 anos depois, um jovem chamado Max (Omri Katz) resolveu trazer as bruxas de volta à vida com uma brincadeira boba de acender uma vela encantada. Com a ajuda de seus amigos e do gato Thackery, Max derrotou as irmãs Sanderson e elas retornaram ao pó de onde vieram.

    Agora, muitos anos depois dos acontecimentos do filme de 1993, um grupo de amigas apaixonadas por bruxaria e filmes de terror resolve fazer o seu ritual tradicional na floresta. Porém, uma coisa mudou: Becca (Whitney Peak) está completando 16 anos e recebeu uma vela especial para comemorar o seu aniversário.

    É claro que o ritual foge completamente do que as meninas esperavam, e as irmãs Sanderson retornam dos mortos, prontas para se vingar dos habitantes de Salem. Winnie, Sarah e Mary mantêm a essência do filme anterior, oscilando entre a autodepreciação e a extrema confiança, sem meio-termo.

    CRÍTICA - Abracadabra 2 (2022,  Anne Fletcher)

    O novo longa possui uma hora e 43 minutos de duração, tempo não muito diferente do seu antecessor que possui uma hora e 36 minutos. A trama anda a passos rápidos, com diversos acontecimentos que se parecem com o filme clássico. Afinal, as Sanderson precisam aprender tudo o que o mundo de hoje tem a oferecer – e são iscas fáceis para adolescentes inteligentes.

    Bette Midler, Sarah Jessica Parker e Kathy Najimy estão em perfeita sintonia. Nem parece que o tempo passou para elas, pois é como se o trio jamais tivesse se separado. As Sanderson continuam ingênuas e maléficas na mesma proporção do primeiro filme, apesar de não possuírem tantos segmentos solos como na aventura anterior.

    O roteiro da estreante Jen D’Angelo possui diversas referências e homenagens ao clássico da Disney, trazendo objetos, pessoas e números que criam um sentimento enorme de nostalgia. Em certo ponto da história, as Sanderson se transformam em um universo próprio de Salem, sendo fácil perceber que elas se tornaram os ícones na cidade que, para nós, os telespectadores, elas sempre foram.

    A produção também dedica um tempo para uma jornada pela história das irmãs, linkando acontecimentos do passado em Salem com os momentos mais importantes do primeiro filme, em uma tentativa clara de facilitar que Abracadabra 2 chegue a um público mais jovem e que não precise, necessariamente, assistir ao longa anterior.

    Entretanto, mesmo que o roteiro possua boas intenções, existem diversos pontos fracos em sua trama. Alguns arcos são facilmente descartáveis, com personagens que não agregam tanto à trama.

    É o caso do novo personagem Gilbert (Sam Richardson) que, em certo ponto, acaba ficando escanteado, bem como o personagem vivido por Tony Hale. No fim, essas divisões do roteiro servem apenas para que Billy Butcherson, novamente interpretado por Doug Jones, ganhe um pouco mais de espaço na história e receba algumas conclusões que não vimos no filme de 1993.

    Das atrizes jovens, as que mais se destacam são Whitney Peak e Belissa Escobedo, que possuem mais tempo de tela e são as responsáveis por conduzir Winnie, Sarah e Mary no “novo mundo”. Infelizmente, por se tratar de uma duração muito curta e com muitos personagens envolvidos, suas histórias acabam sendo engolidas pelo plano de vingança das Sanderson, que são, de fato, a atração principal do roteiro.

    Portanto, fica difícil realmente torcer pelas meninas, ou se sentir comovida pela história delas. As personagens são boas e, talvez com um pouco mais de tempo, seria possível construir uma relação mais forte com a audiência, bem como aconteceu com Max, Dani (Thora Birch), Thackery e Allison (Vinessa Shaw) há 29 anos.

    Além disso, Abracadabra 2 não parece ter um orçamento muito robusto, pois mesmo as cenas em ambiente aberto parecem filmadas em pequena escala, e aquelas que se passam na clareira da floresta são bem humildes. Isso sem falar no CGI que, muitas vezes, lembra aquele utilizado em 1990.

    Entretanto, mesmo com todos esses pontos, é inegável que a nostalgia da produção, e o carisma do elenco clássico, conseguem tornar Abracadabra 2 um ótimo entretenimento.

    VEREDITO

    Protejam suas crianças! As irmãs Sanderson estão de volta e mais maléficas do que nunca! Para quem ama as irmãs Sanderson e o filme de 1993, Abracadabra 2 será um bom divertimento e uma oportunidade de matar as saudades das três bruxas mais polêmicas da cultura pop.

    Nossa nota

    3,9/5,0

    Assista ao trailer:

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