Início Site Página 282

    House of the Dragon: Conheça Canibal, o dragão selvagem

    0

    Canibal era um dragão selvagem que vivia em Pedra do Dragão durante a Dança dos Dragões. Os plebeus de Pedra do Dragão o chamavam assim porque ele praticava o canibalismo, banqueteando-se com dragões mortos, dragões recém-nascidos e ovos de dragão. Ele era um dos três dragões completamente selvagens que habitavam Pedra do Dragão, junto com Roubovelha (Sheepstealer) e Fantasma Cinzento.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | House of the Dragon: Entenda a Dança dos Dragões

    ORIGEM

    Não se sabe a idade exata de Canibal, mas dizem que o dragão selvagem Roubovelha nasceu no início do reinado de Jaehaerys I Targaryen, por volta de 48 d.C. (Depois da Conquista). Sendo que Canibal era o mais velho e maior dos três dragões selvagens e, portanto, era ainda mais velho que Roubovelha.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Conheça a linha de sucessão Targaryen

    APARÊNCIA

    O maior e mais antigo dos dragões selvagens era negro como carvão, com olhos verdes ameaçadores.

    CAVALEIROS

    Nenhuma pessoa – louca ou sã -, conseguiu tomar o Canibal; os que tentaram, não voltaram para contar a história.

    FEITOS

    Antes da Dança dos Dragões, pretensos domadores de dragões tentaram montá-lo uma dúzia de vezes, e seu covil estava cheio de ossos. Em 129 d.C., quando o príncipe Jacaerys Velaryon convocou cavaleiros de dragão, nenhuma das sementes de dragão que tentaram domar os dragões selvagens foi tola o suficiente para perturbar o Canibal devido à sua reputação. No entanto, quando Silver Denys tentou dominar Roubovelha, o dragão arrancou seu braço. Enquanto seus companheiros lutavam para estancar o sangramento, Canibal desceu sobre eles, expulsou Roubovelha e devorou ​​Silver Denys e os demais.

    Em 130 d.C., quando a carcaça de Fantasma Cinzento foi descoberta na base do Dragonmont, queimada, dilacerada e parcialmente devorada, o castelão de Pedra do Dragão, Sor Robert Quince, foi rápido em nomear Canibal como o assassino (embora na verdade tenha sido Sunfyre, o Dourado). 

    Alguns pescadores começaram a temer que o dragão os atacasse também, e pediram a Sor Robert que enviasse cavaleiros para matar mais temido dos dragões selvagens; mas ele recusou, argumentando que se eles deixassem o dragão em paz, ele não os incomodaria e proibiu a pesca nas águas a leste do Dragonmont, onde o corpo de Fantasma Cinzento foi encontrado.

    MORTE

    Canibal foi um dos quatro dragões que sobreviveram a guerra civil Targaryen conhecida como Dança dos Dragões, mas desapareceu após a guerra. E não se sabe até qual idade ele viveu.

    Em 94 d.C., Balerion, o Terror Negro foi o único exemplo conhecido de um dragão morrendo de velhice, com pelo menos 208 anos de idade, no entanto, é difícil determinar se essa era uma expectativa de vida máxima típica para um dragão.

    LEIA TAMBÉM:

    House of the Dragon: Conheça os dragões Targaryen

    A série A Casa do Dragão, spin-off de Game of Thrones chega ao catálogo da HBO Max no dia 21 de agosto.

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA – Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth (2021, Team Ladybug)

    0

    Lançado originalmente em 2020 para PC, Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth foi relançado em dezembro de 2021 para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X | S. Além disso, o game chegou ao Nintendo Switch em 28 de janeiro deste ano e, no mesmo mês, chegaram às lojas as versões em mídia física para os consoles mencionados.

    O título é uma versão em 2D de ação do mangá The Record of Lodoss War, que já vendeu mais de 10 milhões de cópias. Na história do game, a Alta Elfa Deedlit acorda em um lugar estranho e desconhecido. Enquanto explora os arredores, ela encontrará velhos amigos e inimigos; e contará com a ajuda dos espíritos elementais do vento e do fogo, Sylph e Salamander, respectivamente, enquanto vagueia pelo misterioso novo mundo em busca de respostas.

    Record of Lodoss War – Deedlit in Wonder Labyrinth é um jogo 2D de ação e exploração no estilo metroidvania criado sob a supervisão de Ryo Mizuno, autor dos monumentais romances de fantasia Crônicas das Guerras de Lodoss, retratando a história de Deedlit até os eventos da Diadema da Aliança. Tanto fãs do mangá, quanto do anime e até aqueles que desconhecem a obra irão se divertir com este jogo.

    SINOPSE

    Deedlit desperta de repente em um local desconhecido. “Que lugar é este? Por que estou aqui?” À sua volta há apenas o silêncio, sem ninguém para responder suas perguntas. Ela começa a explorar esse novo local, partindo em busca de respostas a cada desafio superado.

    ANÁLISE

    Primeira observação antes de começar a análise: o download. Que saudade de baixar jogos rapidamente! O game tem uns 200GB e baixei em aproximadamente 1min. Que maravilha! (risos). Lembro-me que o download de The Lost of Us – Parte 2, por exemplo, durou uma vida inteira. #SadButTrue

    GAMEPLAY

    É absolutamente impossível falar de Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth sem mencionar o clássico Castlevania: Symphony of the Night. O novo título que para os jovens gamers pode ser apenas mais um metroidvania, é sem dúvidas para muitos – já coroas – uma carta de amor aos fãs de Alucard na saga contra seu pai, Drácula, no clássico de 1997.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Drácula: Dissecando a criatura mais popular da cultura pop

    Toda movimentação da protagonista, combate, mapa e sons são baseados no título da Konami, mas diferente dos games Bloodstained: Curse of the Moon (2018) e Bloodstained: Ritual of the Night (2019), que foram desenvolvidos pelo ex-produtor de Symphony of the Night, Koji Igarashi, que tentou criar uma experiência inspirada no clássico mas não sem ser igual, aqui o objetivo é claro: ser praticamente igual, porém com pequenas melhorias e uma ambientação em Lodoss.

    Como a franquia é baseada em um universo D&D, monstros como goblins, trolls, harpias, mantícoras, elfos negros, dragões e todo tipo de criatura que qualquer fã de RPG medieval aprecia estão presentes e sem repetições com variação de cores, como é comum em jogos de fases; que somados a variedade armas brancas e arcos fazem com que o jogador siga empolgado a cada nova área concluída.

    Em relação as melhorias em comparação ao seu material de inspiração, vale ressaltar que o uso do arco e principalmente os puzzles são uma novidade que teria sido muito bem vinda no saudoso título da Konami.

    GRÁFICOS

    Seja nas animações ou nos games, tenho dito: qualidade gráfica não é tudo. Por aqui já passaram diversos exemplos de boas obras que não ficam atrás de grandes e belíssimas produções. Se Akira (1988) e Viagem ao Topo da Terra (2022) não ficam atrás de Arcane (2021), por exemplo; Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth não fica atrás do já mencionado TLOU 2 e Horizon: Forbidden West. Eu sei, você pode me chamar de louco, mas quero dizer que apenas gráficos impressionantes não tornam uma obra inesquecível.

    Aqui a pixel art e o level design estão simplesmente perfeitos.

    NOSTALGIA

    O que as equipes da Team Ladybug, Why So Serius e PLAYISM fizeram ao nos entregar este game foi uma verdadeira experiência nostálgica e divertida; só tenho a agradecer por essa experiência incrível.

    VEREDITO

    Nem tudo são flores no Labirinto Maravilha. A narrativa do game conta com muitos diálogos rasos, fazendo com que seu background fique apenas subentendido; porém, será possível o jogador compreender a trama, mas – para os que não conhecem a incrível obra de Ryo Mizuno – dificilmente irá cativá-los a consumir o material original. Outro ponto negativo é a falta de uma trilha sonora marcante como em sua fonte de inspiração, mas é difícil chegar ao nível alcançado pelo clássico Castlevania: Shymphony of the Night.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Castlevania: Trilhas sonoras oficiais estão disponíveis no Spotify

    Ainda assim, Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth é uma grata e divertida surpresa tanto para os fãs de Castlevania: Shymphony of the Night quanto The Record of Lodoss War que aquece o coração do fã “órfão”.

    Resumidamente, o título é um game breve e simples; porém bonito, cativante, com desafios balanceados e feito com muito esmero.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer de lançamento:

    Acompanhe as lives do Feededigno na Twitch

    Estamos na Twitch transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.

    Curte os conteúdos e lives do Feededigno? Então considere ser um sub na nossa Twitch sem pagar nada por isso. Clique aqui e saiba como.

    PRIMEIRAS IMPRESSÕES – Achilles: Legends Untold (2022, Dark Point Games)

    0

    Tivemos acesso antecipado ao beta de Achilles: Legends Untold e vamos compartilhar um pouco de nossas impressões do jogo que está previsto para ser lançado no segundo trimestre de 2022.

    Dark Point Games, o estúdio indie polonês responsável pelo game, apesar de novo, é composto por quatro nomes de relevante experiência, com passagens pela THQ Nordic (de Biomutant e Destroy All Humans) e CI Games (da série Sniper Ghost, Tails of Iron e Lords of the Fallen).

    SINOPSE

    Participe da jornada de Achilles, que está no meio de um conflito de séculos entre Hades e Ares. O jovem herói está sendo enviado para lutar contra o filho do Deus da Guerra – Phobos. Sua jornada vai levar ele a muitos cantos diferentes de terras mitológicas, onde obterá artefatos poderosos que o ajudarão em sua busca. Aquiles não está sozinho, pois Hefesto – o Deus dos ferreiros – está sempre pronto para fabricar novas armas em troca de materiais.

    ANÁLISE DE ACHILLES: LEGENDS UNTOLD

    Antes de fazer qualquer consideração sobre o jogo em si, preciso ressaltar o interesse do estúdio e da distribuidora em colher feedbacks de usuários com este beta. Ao contrário de outras situações com versões prévias, no beta de Achilles: Legends Untold senti a todo momento que existia o real interesse em saber se algum bug ou falha havia sido experienciado.

    Além disto, testando o sistema de comunicação de falhas, me surpreendi com a simplicidade e funcionalidade do formulário. Era nítido o objetivo de fazer com que os usuários conseguissem reportar suas insatisfações facilmente, sem maiores burocracias ou impeditivos.

    Conheça nossas impressões sobre Achilles: Legends Untold e saiba mais sobre esta elaborada trama que retrata um conflito entre Hades e Ares.

    Semelhanças e boas inspirações

    Ao jogar Achilles: Legends Untold pude notar certas semelhanças com os primeiros God of War, obviamente, mas sobretudo com Spartan: Total Warrior (2005) e o antigo jogo King Arthur (2004), baseado no filme homônimo contemporâneo. O estilo hack and slash embebido em cultura greco-romana certamente ajuda na identificação.

    Além de características culturais, nota-se muito a inspiração no gênero soulslike. No combate e na sua forma de reprodução, com inimigos separados em grupos de 3 ou 4 e foco em estudo de movimentos e danos punitivos. Some estas características ao level design com áreas desafiadoras e boss fights pontuais e bem demarcadas.

    A árvore de habilidades, ainda incipiente em termos de variedade, lembra muito a proposta vista em Skyrim. A representação de constelações simbolizando as várias habilidades e status que podem ser aprimorados leva o jogador imediatamente para essa lembrança. A ainda pequena variedade de melhoramentos certamente pode ser creditada ao fato de ainda não ser a versão final do jogo.

    Proposta conservadora, mas promissora

    Conheça nossas impressões sobre Achilles: Legends Untold e saiba mais sobre esta elaborada trama que retrata um conflito entre Hades e Ares.

    É claro que é arriscado criar um jogo com uma temática parecida a de tantos outros. Ainda mais arriscando a semelhança com uma franquia gigante como God of War. Mas Achilles: Legends Untold não se intimida. O jogo oferece mecânicas desafiadoras e uma proposta um pouco menos fantasiosa em comparação à saga do filho de Zeus e Calisto.

    O esforço de um jogo indie entregar um beta acessível e com a intenção de fazer melhor é muito louvável. Com o pouco que pude experimentar até agora, posso dizer que estou ansioso. Quero logo saber quais as novas mecânicas e habilidades que Achilles poderá aprender e quais os novos inimigos que teremos para enfrentar. Aguardo, com esperança, o segundo trimestre deste ano para poder explorar ainda melhor os bonitos cenários de Achilles: Legends Untold e penetrar na boa trama que o jogo promete.

    Confira o trailer de Achilles: Legends Untold:

    Acompanhe as lives do Feededigno na Twitch

    Estamos na Twitch transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.

    Curte os conteúdos e lives do Feededigno? Então considere ser um sub na nossa Twitch sem pagar nada por isso. Clique aqui e saiba como.

    CRÍTICA – Desencanto (4ª temporada, 2022, Netflix)

    0

    Desencanto é uma animação original da Netflix criada por Matt Groening, a mente por trás dos Simpsons. A série está em seu quarto ano.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Os Simpsons: Os 10 melhores episódios da série que completa 30 anos!

    SINOPSE DE DESENCANTO

    Bean está em uma situação difícil após todas as reviravoltas de Dreamland, nas quais seu pai e seus amigos se meteram em uma grande enrascada.

    Agora, a jovem princesa deve derrotar sua mãe, Dagmar, e tentar colocar tudo nos eixos no reino.

    ANÁLISE

    Desencanto é o tipo de animação adulta que explora muito bem seus personagens e situações absurdas da Terra-Média, pois brinca com os costumes da Era Medieval, assim como satiriza os contos fantásticos.

    Em seu quarto ano, a série animada embarca no subconsciente de seus personagens e traz também resoluções a muitas questões que cada trama deles envolve.

    De forma muito intimista, Desencanto trabalha de forma incrível Bean, Elfo, Luci e Zog, apresentando ainda mais complexidade para cada um. Os protagonistas estão muito diferentes em suas atuais jornadas desde a primeira temporada.

    A construção de cada um deles é precisa, divertida e emocionante, todavia, há alguns gargalos no roteiro que tornam o quarto ano o mais fraco no seu cânone.

    De fato, ver Bean e companhia em mais uma trama de conspiração e de descobrimento é válido, mas maçante em alguns momentos, pois parece que alguns fatos são ciclos sem fim. Contudo, Desencanto continua extremamente engraçada e irreverente, sendo mais um grande acerto de Groening.

    VEREDITO

    Desencanto chega mais intimista, mas tão divertida como sempre. O desenvolvimento é o mote, todavia, é a faca de dois gumes que atravanca a trama. Com mais dinamismo, a série pode ser ainda melhor, uma vez que já é excelente dentro do catálogo da vermelhinha.

    Nossa nota

    4,0/5,0

    Confira o trailer da quarta temporada:

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    Charada: Saiba tudo sobre o vilão de The Batman

    O Charada é um dos vilões mais icônicos da galeria de inimigos do Batman, sendo um desafio intelectual do alter ego de Bruce Wayne. Neste artigo vamos te apresentar tudo sobre Edward Nygma.

    ORIGEM DO CHARADA

    O Charada apareceu pela primeira vez na HQ Detetive Comics #140, em 1948, sendo criado por Bill Finger e Dick Sprang. Em sua infância turbulenta a única coisa que o deixava feliz era resolver charadas, uma vez que conseguiu vencer uma competição desvendando o mistério em apenas 15 segundos.

    Já adulto, Edward se viu em um emprego sem sentido e em uma vida pacata, incapaz de fazê-lo ter motivos reais para seguir em frente. Ao ver o Homem-Morcego em ação, Nygma achou um desafio à altura, criando seu alter ego Charada, se tornando um dos grandes nomes do crime de Gotham. Sua principal característica era deixar enigmas quase indecifráveis para a polícia e para o Batman.

    DO CHARADA AO SILÊNCIO

    charada

    Um das histórias mais destacadas da história do Charada é a Batman: Silêncio. Um dos arcos mais importantes do vilão é o que ele contrai câncer e busca incessantemente por uma cura. Ele acaba procurando Ra’s Al Ghul e acessa ao Poço de Lázaro, pagando um alto preço por sua escolha.

    Suas habilidades aumentam, deixando-o mais poderoso e insano com um intelecto ainda maior. O Charada assume uma nova identidade, se tornando o Silêncio, sendo um adversário perigoso demais para o Batman, descobrindo até a verdadeira identidade do herói.

    PRINCIPAIS APARIÇÕES DO CHARADA EM OUTRAS MÍDIAS

    O personagem já teve diversas participações em séries, filmes e em outras mídias. Nas animações do Cavaleiro das Trevas, ele fora dublado por John Glover e Robert Englund. Já nos games, sua voz era de Wally Winger, na franquia Batman Arkham.

    Já nos filmes, tivemos o icônico Jim Carrey dando vida ao vilão em Batman Eternamente, fazendo uma combinação letal com Tommy Lee Jones de Duas-Caras. No mundo das séries de TV, Frank Gorshin e John Astin foram os adversários de Adam West nos anos 60. Em 2014, Edward Nygma era um CSI, interpretado por Cory Michael Smith em Gotham. Atualmente, em The Batman, teremos o excelente Paul Dano fazendo o papel para a alegria dos fãs.

    E vocês, gostam do Charada? Qual é o vilão preferido da galeria do Homem-Morcego? Comentem!

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Batman: 5 HQs para ler antes do filme com Robert Pattinson

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA – Mães Paralelas (2022, Pedro Almodóvar)

    0

    A habilidade de Pedro Almodóvar de adentrar a mente humana e suas particulares não vem de hoje. Seus filmes sempre retrataram mulheres de maneiras únicas, quase sempre se destacando no que fez no passado. Mas ainda que únicas, elas representavam não só parte do público do diretor, como também mulheres anônimas espalhadas pela Espanha, e pelo mundo. Mães Paralelas é o primeiro filme do diretor espanhol em sua parceria com a Netflix.

    Tendo em sua galeria de filmes protagonistas quase que inteiramente femininos, o diretor as retrata de forma instigante, não fazendo uso exacerbado de cenas de sexo, nem as retratando a partir de um ponto de vista masculino.

    SINOPSE

    Duas mulheres, Janis e Ana, dividem o quarto de hospital onde vão dar à luz. As duas são solteiras e ficaram grávidas acidentalmente. Janis, de meia-idade, não se arrepende e nas horas prévias ao parto sente-se pletórica, a outra, Ana, é uma adolescente e está assustada, arrependida e traumatizada. Janis tenta animá-la enquanto passeiam como sonâmbulas pelo corredor do hospital. As poucas palavras que trocam nessas horas vão criar um vínculo muito profundo entre as duas, e esse acaso vai encarregar-se de desenvolver e complicar de forma tão retumbante que mudará a vida de ambas para sempre.

    ANÁLISE

    Mães Paralelas

    A história de Mães Paralelas se desenrola muito antes do momento em que o filme tem início. Janis (Penélope Cruz) se mostra como uma mulher interessada em acabar com a impunidade e os últimos traços de uma ditadura trazida pelo Golpe de Julho de 1936 e a ditadura de Franco.

    Após muitos anos, Janis que buscava desenterrar os corpos dos homens levados na noite do Golpe de 36 de uma cova rasa, vê durante o ensaio fotográfico de um investigador forense uma oportunidade.

    Almodóvar conduz o filme e nos leva por caminhos tão íntimos e contundentes quanto responsáveis. A habilidade do diretor em nos ambientar ao mundo em que somos lançados falando de temas que já são sua cara, não foge da sua habilidade de abordar temas que ainda expõe a ferida aberta que apenas a morte de grupos menos favorecidos e a ditadura Franquista foi capaz de fazê-lo.

    Sem ser leviano, a história criada pelo diretor espanhol nos apresenta a história de Janis e sua forma de viver, sem fazer qualquer tipo de juízo de caráter. Enquanto sua história se desenvolve, nossa protagonista passa a dividir seu tempo de tela com a jovem Ana (Milena Smit) enquanto suas histórias se cruzam na maternidade enquanto as duas esperam para dar a luz à seus filhos.

    Por meio de saltos temporais e sem fazer questão de nos localizar em qualquer período de tempo – a não ser no início do filme – o diretor é capaz de fazer com que nos localizemos sem muitos problemas, inclusive na história.

    Enquanto assistia, fui lançado em uma espiral de sentimentos que apenas Pedro Almodóvar é capaz de fazê-lo.

    Com rostos conhecidos de outros filmes do diretor como Rossy de Palma e Julieta Serrano, Almodóvar nos lança em uma trama que em determinado momento nos causa uma quebra de expectativas e muda completamente qualquer conceito pré-concebido de Janis, ou Ana.

    VEREDITO

    Fugindo de fazer juízo de caráter dos personagens da trama, a história que Almodóvar tem intenção de contar nos apresenta aquele mundo e a trama que se desenrola em segundo plano. Com muitos problemas referentes às personagens e seus sentimentos, sem ser leviano e sendo até mesmo profundo, vemos o quão linda aquela relação e a trama em que somos lançados nos faz ver desenrolar diante do nossos olhos.

    A forma como o diretor conta a história de maneira cuidadosa, nos mostra sua habilidade de adentrar e entender a alma feminina enquanto explicita que pessoas são tão falhas quanto peculiares, mesmo diante de tramas como as que testemunhamos e vemos se desenrolar.

    Ainda que Mães Paralelas seja genial no que se propõe e seja maravilhoso ver o novo momento da carreira de Almodóvar, não se compara a alguns dos melhores filmes do diretor como Má Educação e Volver.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:


    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!